Qual é o objetivo da estratégia de dados de uma empresa?
Apesar das últimas mudanças bruscas no cenário econômico mundial, muitas empresas ainda não compreenderam por que razão elas deveriam tomar decisões baseadas em dados.
Muitos não gostam de utilizar canais digitais ou da automação de processos e não veem a hora de fazer tudo presencialmente, através de papeis e carimbos, carregando pilhas de pastas e acumular caixas sobre as mesas dos escritórios.
Enfim a gosto para tudo! Mas o processo evolutivo da natureza e da economia mundial sempre acaba prevalecendo sobre certas opções de estilo. E como podemos ver, através de diversas pesquisas de comportamento do consumidor, a maioria da população aderiu as vendas digitais, a facilidade dos serviços de delivery e aos pagamentos digitais.
Com essa mudança de comportamento dos consumidores, toda cadeia produtiva deve se reorganizar para atender às necessidades deste novo cidadão, que optou pelo trabalho remoto, compras on-line e pagamentos instantâneos.
Segundo os relatórios de pesquisa da Nielsen, o comércio eletrônico no Brasil ganhou 13 milhões de novos clientes em 2020, um aumento de 29% em relação ao ano anterior. E no primeiro trimestre de 2021, o relatório da Neotrust/Compre&Confie, apontou um crescimento de 57,4% nas compras online em comparação com o mesmo período do ano anterior (2020).
Diante deste cenário, seria estranho esperar que o “pós-pandemia” nos leve a regressão destes números aos patamares de 2019.
Sendo assim, com cada vez mais consumidores transacionando através de canais digitais (sites, aplicativos móveis), efetuando pagamentos através de bancos digitais (FINTECHs), utilizando suas carteiras digitais (Cash-back), mais “dados” são gerados.
Não é mais opção da empresa não ter um canal digital, não aceitar pagamentos digitais. Ela precisa de clientes, logo precisa aceitar os mecanismos que o cliente prefere para fazer suas compras.
Nesse contexto entram os “dados” como estratégia das empresas. Qualquer setor da economia vai receber e gerar dados no seu processo de prestação de serviços ou criação de produtos.
Esses dados contém o perfil do seu cliente, como ele compra, qual meio de pagamento ele prefere, onde ele se encontra, o horário que ele procura seu produto ou serviço. Estas são informações estratégicas.
Seus fornecedores e parceiros comerciais também interagem com a sua empresa de forma digital e o perfil de comportamento deles também é estratégico para as decisões da sua empresa.
Por estas razões básicas, é que se torna imprescindível desenvolver uma “estratégia de dados” ou “cultura de dados” dentro de qualquer tipo de empreendimento.
Desde o microempreendedor individual até as grandes multinacionais, precisam saber como coletar, tratar, analisar e armazenar com segurança os seus dados.
As leis de proteção da privacidade de dados não seriam necessárias se as empresas tivessem a real dimensão do valor dos dados que circulam em seus ambientes. Mas como tudo é muito novo, se fez necessário criar leis e punições para quem não cuidar do seu “petróleo”, já que dizem que os “dados” são o novo petróleo na economia mundial.
Planejar seu modelo de negócios orientado à dados, vai além do uso de tecnologias, é pensar como e onde eles serão uteis e farão a diferença no seu serviço ou produto. Por esta razão, cada vez mais as empresas buscam nos profissionais o que chamamos de “soft skills”, as características pessoais que fazem a diferença, pois conhecimento técnico se adquire rapidamente, mas desenvolver a capacidade criativa e o senso crítico são processos mais longos e dependem muito do desejo interior de cada um.
Em resumo, ter uma estratégia de dados ou uma cultura orientada a dados é fator fundamental para o sucesso de qualquer empresa.
Fontes:
Site Ebit — https://www.ebit.com.br/webshoppers
Site Pagar.me Consumo Digital no Brasil — https://pagar.me/blog/consumo-no-brasil/
