Para que servem os insights?

Janete Ribeiro
3 min readSep 13, 2021

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Muito se fala sobre a necessidade de coletar dados, armazenar dados para extrair “insights”. Empresas disputam profissionais que saibam extrair “insights” dos seus gigantescos volumes de dados.

O que são realmente “insights”? Para que servem esses “insights”?

Muitos fazem estas perguntas internamente, mas na pressão diária por apresentar “insights” elas acabam desaparecendo sem respostas.

Mas todo o esforço e custo financeiro gerado pela coleta, tratamento e análise de dados, tem como objetivo final no mínimo pagar este investimento.

Vamos a resposta à primeira pergunta — “O que são Insights?” — “Insights”, é uma palavra de origem inglesa para “percepção”, dentro do contexto de análise de dados podemos dizer que “insights” são as percepções que extraímos após analisar conjuntos de informações (dados) pertencentes a um determinado tópico ou situação.

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A segunda pergunta: “Para que servem esses insights?” — podemos responder que:

Essa percepção extraída dos conjuntos de dados pode ajudar os dirigentes de uma empresa a tomar decisões com base em fatos mensuráveis (dados), reduzindo assim o risco decidir com base na percepção de uma única pessoa ou na “tentativa e erro”.

Quando falamos de “percepção”, creio que começa a ficar claro porque na área de Ciência de Dados, tão importante quanto conhecimentos técnicos sobre ferramentas de manipulação de dados, algoritmos estatísticos e infraestrutura tecnológica, se faz importante o conhecimento da área de negócios em que se está atuando.

Os conjuntos de dados só podem ser qualificados como relevantes ou não, por alguém que conheça o que é relevante ou não para o problema estudado.

Aquilo que denominamos na estatística como “viés”, “bias”, “Outliers”, que são variáveis que podem gerar desvios no resultado do estudo, pois fogem muito da média das demais variáveis, só podem ser categorizadas como um sinal de alerta ou a ser desprezado, por alguém que conheça bem as fontes dessas informações e o ambiente do estudo.

Por essa razão, encontrar os “insights” é uma atividade de “garimpo”, muito conhecida tecnicamente como “data mining”, ou “mineração de dados”. O “insight” é o metal precioso lapidado e transformado em joia.

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Mas se ninguém vai usar essa “jóia”, para que tê-la? O mesmo raciocínio se aplica aos “Insights”.

Uma vez que a empresa investe em formar uma equipe de análise de dados, deve desenvolver em paralelo a cultura da tomada de decisão e ação orientadas à dados.

Os painéis com gráficos que apontam sinais preditivos dos rumos que a estratégia da empresa está tomando, não podem ser considerados apenas peças decorativas.

Todos dentro da empresa devem saber interpretá-los e quais ações deverão tomar diante dos diferentes cenários apresentados.

Este é o motivo que tornam os “insights” extraidos dos dados tão preciosos. A utilização deste conhecimento no plano de ação das empresas.

A cultura da tomada de decisão e ação baseada em dados, permite esta transparência e consequentemente maior engajamento de todos na empresa na busca pela realização dos objetivos estratégicos do negócio.

Fontes:

FAWCETT, T; PROVOST, F. Data Science para negócios. Rio Janeiro: Editora Alta Books, 2016.

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Janete Ribeiro

AI/ML Specialist, Chief Data Officer Certified by MIT, MsC Business Administration, SENAC University Professor