Open Banking Brasil
A primeira fase do Open Banking no Brasil entrou em vigor em Fevereiro de 2021.
A implementação se dará em 4 fases:
1. Na Fase 1, a que estamos, o Banco Central abriu um canal para o compartilhamento de informações das instituições financeiras, como, por exemplo, tipo de conta, serviços, taxas, tarifas e rendimentos. Com isso, um banco vai saber o que o outro faz e os clientes poderão comparar as ofertas existentes no mercado com melhor clareza.
2. Na Fase 2, será a vez dos clientes terem seus dados pessoais compartilhados. Mas essa exposição só poderá ser feita mediante autorização do que poderá ser dividido, com quais bancos ou fintechs deseja dividir suas informações, por qual objetivo específico e por quanto tempo.
3. Fase 3, quando o consumidor vai começar a perceber as instituições financeiras disputando seu dinheiro. Isso porque nessa etapa os bancos já saberão o que seus concorrentes oferecem e as taxas cobradas pelos serviços. Também irão conhecer o perfil financeiro do consumidor, saber se ele é um bom pagador, observar seu histórico de movimentação, que tipo de investimento possui, e assim poderão oferecer produtos e serviços mais adequados ao perfil do cliente e com taxas mais competitivas.
4. A quarta e última fase será quando as instituições poderão desenvolver formas mais simples de interação com o cliente, seja por celular ou outros canais digitais;
Com estas características as oportunidades no já crescente uso de meios de pagamentos digitais, tendem a crescer e influenciar no processo de “bancarização” e inserção da população em estado vulnerabilidade.
Pessoas que antes não tinham condições de ter uma conta bancária ou cartão de débito ou crédito, agora através das plataformas de pagamento digitais, podem fazer transações de pagamento através do celular, com o PIX por exemplo, e as instituições financeiras terão uma visão 360º desse novo tipo de cliente, para criar novos produtos e serviços adequados a realidade deles.
Quanto maior o tráfego de transações financeiras por meio digital, maior será o volume de dados que serão compartilhados pelas instituições financeiras e outros setores, através de parcerias, varejistas também poderão beneficiar-se dos dados do Open Banking.
Outro movimento crescente será a monetização de dados, pois o cliente terá condições de negociar vantagens para concessão de dados com as instituições que lhe interesse.
Claro que toda esta movimentação deve ser pautada por metodologias de governança de dados e levando a sério as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e a vulnerabilidade destes ambientes de gestão de dados.
O uso de inteligência artificial, tanto para o monitoramento das transações em tempo real, quanto na geração de produtos e serviços com altíssimo grau de personalização, farão a diference na cada vez mais intensa disputa pelo melhor cliente. Agora mais que nunca, a concorrência no mercado financeiro não mais se restringe a outras instituições financeiras, mas a qualquer um com criatividade no uso de tecnologias disruptivas como a IA, blockchain, IoTs dentre outras.
Criar soluções baseadas em dados e com alta disponibilidade, segurança e assertividade será o diferencial competitivo na economia digital.
Como desenvolver soluções assim? Este é tema para outra conversa…
Fontes:
Site Jornal O Dia — http://jornaldiadia.com.br/2020/2021/03/17/estudo-da-consultoria-capco-mostra-que-bancos-poderao-ter-novas-oportunidades-de-receitas-com-o-open-banking-2/
Site e-Commerce Brasil -https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/pix-open-banking-e-o-mercado-brasileiro-de-fintechs/