Inteligência de negócios, Inteligência Artificial, Objetos Inteligentes, que tal uma Gestão Inteligente?
Na última década ouve avalanche de coisas “inteligentes”, que foram surgindo como Inteligência de Negócios (Business Intelligence), a Inteligência Competitiva ou de Mercado, a Inteligência Artificial, os celulares inteligentes (smartphones), os objetos inteligentes (IoTs).
Mas o que realmente entendemos por “inteligência”?
No dicionário da língua portuguesa é:
Faculdade de conhecer, de compreender; intelecto: a inteligência distingue o homem do animal. Conhecimento profundo em; destreza, habilidade: ter inteligência para os negócios; cumprir com inteligência uma missão. Habilidade para entender e solucionar adversidades ou problemas, adaptando-se a circunstâncias novas. Função psíquica que contribuí para uma pessoa consiga entender o mundo, as coisas e situações, a essência dos fatos. Boa convivência; união de sentimentos: viver em perfeita inteligência com alguém. Relações secretas; ajuste, conluio: ter inteligência com o inimigo.
Etimologia (origem da palavra inteligência). Do latim intelligentia.ae, “entendimento”.
Como a maioria dos adjetivos na língua portuguesa, depende muito de quando, como e onde se aplica o adjetivo e o contexto para que possamos decifrar o real sentido da palavra.
Em um mundo onde praticamente tudo é inteligente por que razão tantas empresas não obtém resultados financeiros positivos?
Por que tantas pessoas vivem em situação abaixo da pobreza?
Por que tantos preconceitos e variantes de discriminação?
É muito antagonismo, ou falta de “inteligência” para compreender a “inteligência” por trás dessas aparentes peculiaridades humanas? Enfim, há muito espaço para filosofia nessa área.
Porém olhando para estratégia de negócios, as metodologias e ferramentas “inteligentes” são instrumentos para que possamos superar as dificuldades em um mundo BANI (Brittle, Anxious, Non-linear, Incomprehensible), em português, Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível. O termo BANI foi criado pelo antropólogo e historiador Jamais Cascio, da University of California, membro do Institute for the future, no artigo “Facing the Age of Chaos”. Desta forma, concluímos que a inteligência humana sozinha não conseguirá fazer frente as mudanças naturais sobre as quais não temos nenhum domínio.
O nosso exemplo bem atual é a pandemia SARS-COVID-19. Um vírus chega e literalmente para o planeta. Várias ações são tomadas e até hoje, 16 meses após seu surgimento, ainda não temos certeza sobre “quando” ou “como” poderemos ter algum controle da situação.
Com este pano de fundo, vamos falar sobre como administrar uma empresa, seja ela de qualquer setor da economia, uma pequena iniciativa individual ou uma grande corporação global. Ambas precisam ter em mente que qualquer que seja seu “negócio”, ele tem um cliente. Esse cliente é quem gera o recurso para que você possa produzir seu produto ou oferecer seus serviços. É ele quem tem que gostar do seu produto/serviço, é para as necessidades e dificuldades dele que você deve estar atento.
Para isso, utilizamos as técnicas de CX (Customer Experience), ou Experiência do Cliente, porém para proporcionarmos a melhor “Experiência do Cliente”, precisamos ter a melhor “Experiência de Negócios” (Business Experience).
E o que seria o “Business Experience”? Segundo a consultoria Accenture trata-se de:
“Uma evolução da CX, o BX é uma abordagem mais holística que permite que as organizações se tornem obcecadas pelo cliente e retomem o crescimento. Considerando que a CX estava limitada à alçada do CMO ou COO, o BX está na diretoria como prioridade do CEO, porque se liga a todos os aspectos das operações de uma empresa. De fato, 77% dos CEOs disseram que sua empresa mudará fundamentalmente a forma como se envolve e como interage com seus clientes.”
Como podem ver, o propósito do “Business Experience” é utilizar de forma “inteligente” metodologias e tecnologias conhecidas para “Solucionar necessidades humanas em torno de um propósito”.
Para utilizar novas tecnologias e metodologias de forma inteligente, e antes de tudo, entender qual é a motivação, ou propósito do seu cliente em utilizar os seus serviços ou produtos.
Uma vez que você entenda por que, e para que seu produto tem ou não prioridade na vida do seu cliente, você saberá por onde começar a melhoria dos seus processos e comunicação com esse cliente.
Por vezes será necessário mudar seu modelo de negócios, se reinventar. Estar aberto a mudanças, buscar inovação constante, interagir com o mercado, pesquisar inovações no seu setor.
Estas são atividades que devem ser incorporadas na rotina de qualquer empreendedor ou gestor de negócios.
Os tão desejados “insights” extraídos dos grandes volumes de dados, não servirão de nada se quem decide não souber interpretá-los e extrair deles as ações necessárias e implementá-las.
Sendo assim, podemos concluir que:
Tecnologia + Metodologia + Inteligência = Experiência de Negócios.
Fontes:
Site MIT Sloan — O modo VUCA arrefece. Boas-vindas ao modo BANI! — https://www.mitsloanreview.com.br/post/o-modo-vuca-arrefece-boas-vindas-ao-bani
Site Accenture –Business Experience- https://www.accenture.com/br-pt/insights/interactive/business-of-experience?c=acn_glb_businessofexpergoogle_11678524&n=psgs_1220&gclid=EAIaIQobChMIidW_jOqP8AIVSAiICR19NgkKEAMYASAAEgLSLvD_BwE&gclsrc=aw.ds