Gestão Ágil em tempos de Home-Office

Janete Ribeiro
3 min readMay 5, 2021

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fonte: bitrix24

Fiz uma enquete semana passada no Linkedin, sobre cursos de bolso (pocket course) e na lista de opções, a opção “Gestão de projetos ágeis remoto”, foi a campeã de escolha.

Qual será a razão que despertou tamanho interesse nesse tema? Certamente a gestão de projetos por métodos ágeis já vinha crescendo nos últimos anos, só que com a pandemia além dos desafios de se incorporar uma nova metodologia, tivemos que incluir uma nova cultura de liderança.

Para começar pelo começo, vamos primeiro contextualizar o que seria uma “Gestão de Projetos Ágil”:

Gestão Ágil é uma abordagem leve e de mínima intervenção para o gerenciamento de projetos. Ou seja, o projeto é todo dividido em etapas menores, chamadas de iteração, que geralmente duram de 2 a 4 semanas e ao final de cada etapa há uma reavaliação das prioridades do projeto.

Essa metodologia teve início em 2001 quando um grupo líderes na área de desenvolvimento de software lançaram o “Manifesto Ágil”, com 12 princípios que norteiam a metodologia baseada em maior “interação” entre as partes interessadas no desenvolvimento do projeto.

Com base nestes princípios foram criadas as metodologias ágeis. As mais conhecidas são Scrum, Kanban e o EXtreme Programming, também conhecida como XP.

Uma vez compreendido o conceito da gestão ágil, deu para perceber que o ponto fundamental é a “maior iteração”, mais “trocas de ideias” entre os integrantes do projeto.

Aí surge a razão da busca por esse aprendizado na pandemia. Como ter “mais contato” mantendo o “distanciamento social”?

fonte: freepik

De uma forma bem simplista, diria que a solução está em fazer bom uso da tecnologia. Aí vem a pergunta do ano! Como fazer isso?

fonte: wordpress

De uma forma bem simplista, diria que a solução está em fazer bom uso da tecnologia. Aí vem a pergunta do ano! Como fazer isso?

1. Em primeiro lugar existe a barreira cultural, nós latinos gostamos do “olho no olho”, “mano a mano”. Mas para superar essa barreira, o primeiro passo é o apoio da área de recursos humanos das empresas. Por isso tem se falado tanto em saúde mental. É preciso que todos estejam alinhados com o objetivo de tornar o trabalho remoto produtivo sem ser invasivo.

2. Depois de preparar o espírito da equipe, é necessário dar instrumentos para tornar a gestão e a produtividade reais. A conectividade, as ferramentas de colaboração, capacitação das pessoas no uso destas ferramentas, ambiente do home-office (cadeira ergonômica, iluminação, etc).

Uma vez que todos estejam preparados mentalmente e devidamente equipados, inicia-se a capacitação de todos nesta nova modalidade de trabalho:

· O líder do projeto precisa inspirar confiança na equipe e confiar na equipe;

· Cada membro da equipe deve ter clara a sua responsabilidade e o impacto dela na atividade dos seus pares;

· As iterações diárias devem ser objetivas;

· A ferramenta de colaboração utilizada para acompanhamento deve ser utilizada por todos. Não pode ser chamada de ferramenta de colaboração se apenas uma pessoa a mantem atualizada.

Estas são dicas bem simples, mas creio que podem ajudar quem está se sentindo perdido entre controles e videoconferências infinitas.

A medida em que as pessoas conheçam melhor as funcionalidades das ferramentas colaborativas e conquistem a confiança umas das outras o trabalho remoto se torna bem mais produtivo. Digo isso com a experiência de quem trabalha remotamente desde 1997, quando definitivamente não tínhamos tantas opções de ferramentas colaborativas e a conectividade era bem pior…

Mas em breve lançarei um “pocket course” com mais dicas sobre como fazer uma “Gestão de projetos ágeis remotamente” e com sucesso!

Fontes:

Agile Manifest — https://agilemanifesto.org/

Site SCRUM organization — https://www.scrum.org

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Janete Ribeiro
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Written by Janete Ribeiro

AI/ML Specialist, Chief Data Officer Certified by MIT, MsC Business Administration, SENAC University Professor

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